sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Lembranças



Lembranças




Sinto falta do beijo teu

Quando a noite se aproxima mansa.

Sinto falta de tua voz,

Leve, embalada como uma dança.

Sinto falta desse teu jeito

Positivo de encarar a vida;

E desta paz que contagia a alma

Ao me ensinar como é bom senti-la.

Sinto falta daqueles planos

Que ignoravam o ‘’aqui e agora’’

Da sonhadora de pés descalços

Que em pensamento ia mundo a fora.

Sinto falta daquelas cores

Sutis que havia em seu olhar;

Que reluziam como arco-íris

Quando num circulo faziam bailar.

Sinto saudades de tudo,

Que me era caro e outrora eu não sabia.

Sinto saudades do tempo

Eu que eu podia chama-la de minha.






(Ermes Le Fou)

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Real Prazer



Real Prazer


Enlaço-te e te domino

Te mostro quem realmente sou!

Mordo teus lábios, te alucino

Ao sentires meu calor.



Digo baixezas em teu ouvido

Rasgo-te a roupa em brutal amor!

Ponho-te submissa, sou teu dono;

E te embriago com meu furor.



Maculo sua pele, magoo a carne;

Te faço gritar delírios sem direção.

Implorar-me por mais injurias

Que marque teu corpo com minha paixão.



Dou-te a loucura que a vida te rouba

Nos dias cinza de rotina blasé

Nossos corpos se entendem assim;

Perfeito para mim, perfeito para você.






(Ermes Le Fou)

Sedução



Sedução




Você olha disfarçando,

Como quem não quer nada;

Conheço os teus encantos,

Tua isca foi lançada.



Molha os lábios, cerimoniosa

Pouco a pouco me envolvendo;

E me prende em suas teias

Que paciente vais tecendo.



Teus cabelos se espalham

Em um movimento de ágil sedução.

Cheira a flores; cheira a campo,

Faz-me ébrio a sensação.



São teus olhos, são tuas curvas

Nem sei ao certo o que de fato é;

Sei apenas que me ganhas

No teu jogo de mulher.










(Ermes Le Fou)

sábado, 7 de dezembro de 2013

São teus olhos?



São teus olhos?


São teus olhos ou são estrelas
Que me guiam na escuridão?
Estas gemas de cores vivas
Incrustadas na imensidão.
São teus olhos estes lumes vivos
Que acalenta meu coração?
Ou centelha de algo divino
Que por mim derramou-se em profusão?
São teus olhos ou dois braseiros
A mirar-me com exatidão?
Que quando há trevas, são meu abrigo
Ao proteger-me feito oração.
São teus olhos, sim são teus olhos!
Pois no mundo não há nada igual!
São teus olhos de encanto impar
Meu Oasis de Luz vital.



(Ermes Le Fou)